terça-feira, 10 de setembro de 2013

O pai dos zumbis modernos por Diego Aguiar




Na contemporaneidade, todos podem ser geniais ou supers, mas quase ninguém se assume como parte da horda zumbi que assola o mundo, enfileirados diante de aparelhos de TV, consumindo vorazmente a vida de alguma pseudo-celebridade vítima de um reality show.
George Romero percebeu a zumbificação antes de todo mundo e tornou-se o profeta da peste, quando, em 1968, junto com amigos produziu, escreveu e dirigiu A Noite dos Mortos-Vivos.

De ambientação simples (e claustrofóbica), o filme ainda não trazia os clássicos zumbis putrefatos, embora todos esboçassem olhos arroxeados e insensibilidade às forças da natureza - não há fogo que parem esses compulsivos devoradores de carne. Romero nunca chamou os mortos-vivos de zumbis, nem nesse nem nos cinco outros filmes que realizou sobre o mesmo tema, mas eles foram incorporados pelo inconsciente coletivo e, de muitas maneiras, tornaram-se maiores que seu criador. Mas Romero ainda é o pai desta criança que ao invés de leite quer miolos, então merece que se fale muito mais sobre ele.

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